A Hipnose é única e individual, dependendo de cada paciente.

A hipnose é, e terá sempre que ser, trabalhada de forma única e individual, dependendo de cada paciente. Cada problema, doença ou dificuldade aparecerá por motivos diferentes em cada paciente, e por isso a necessidade de um tratamento individual, sem regras e sem padronizar o ser humano, descartando a ideia de enquadrá-lo em técnicas prontas, dando a impressão que todos tem os mesmos problemas pelos mesmos motivos.
Como já referi, em anteriores artigos, a Hipnose afirma-se, cada vez mais, como um importante instrumento no tratamento de diferentes diagnósticos, e muitas estão a ser as pesquisas que confirmam a sua eficácia e eficiência no tratamento terapêutico.
A Hipnose é um conjunto de fenómenos específicos e naturais da mente, que produzem diferentes impactos, tanto físicos como psíquicos. Esses fenómenos podem ser induzidos ou auto-induzidos, através de estímulos provenientes dos cinco sentidos, sejam eles conscientes ou não.

Dentre os fenómenos específicos da mente produzidos na hipnose, posso citar a “Regressão de Idade”; Este fenómeno acontece na medida em que o paciente regride para uma idade do passado tendo essa como presente, ou seja, se voltar aos seus 5 anos de idade, ele achará que tem realmente 5 anos. Se nessa época viveu algo traumatizante, o meu objectivo, como hipnoterapeuta, é trabalhar esse facto, procurando uma ressignificação, proporcionando ao paciente novas experiências, ou seja, novas aprendizagens com objectivos de procurar uma solução, procurar a mudança.
Outro fenómeno é a “Hipermnésia”, neste o paciente volta para o passado, contudo sabe que é apenas uma lembrança, sabe que o facto aconteceu no passado e tem disso consciência.
Apenas para citar outros fenómenos, temos a “Amnésia Estruturada”, a “Catalepsia”, a “Anestesia”, a “Progressão de Idade”, a “Pseudo-Orienteção no Futuro”, as “Alucinações Positivas e Negativas”, o “Signo-Sinal”, entre outros.
Esses fenómenos produzem diferentes impactos tanto físicos como mentais. Físicos como no caso da “Catalepsia” que é o enrijar de um membro do corpo, ou a “Anestesia de um local do corpo”. Impactos mentais como a “Amnésia” ou “Hipermnésia”, podem ser induzidos por mim [hipnoterapeuta] ou auto-induzidos pelo proprio paciente, através da “Auto-Hipnose” ou por um auto-relaxamento. A indução ocorrer através de estímulos provenientes dos cinco sentidos, pois qualquer estímulo pode induzir um dos fenómenos hipnóticos e estes podem manifestar-se por qualquer um dos sentidos.
Em hipnose, eu [hipnoterapeuta] posso estar a falar do cheiro de uma pomada anestésica, que esta a ser colocada no braço do paciente, e este sentir o cheiro - “Alucinação Olfactiva Positiva”; A questão é que não há nenhuma pomada a ser colocada no braço, é apenas a minha mão que desliza no braço do paciente. Por outro lado, se no momento em que o paciente estiver em transe, entrar pela janela o cheiro de um bolo, e este for percebido pelo paciente, e este fizer parte de sua história, poderá, por exemplo, leva-lo a uma “Regressão de Idade” ou “Hipermnésia”, para quando ele tinha 8 anos e a sua mãe fazia um bolo com este mesmo cheiro.
Para finalizar a definição, estes estímulos podem ser conscientes ou não, isso porque nem sempre o estímulo é percebido, tanto por mim [hipnoterapeuta] como pelo paciente. As vezes no quotidiano temos uma “Hipermnésia” sobre uma viagem que fizemos há alguns anos atrás, todavia não identificamos o que desencadeou essa lembrança. Muitas vezes eu [hipnoterapeuta] tento provocar um fenómeno e faço uma comunicação específica para que este ocorra, porém essa comunicação pode levar a um outro fenómeno que era inesperado. Isso porque existem diferentes formas de comunicação: A directa, a indirecta, a implícita percebida e a implícita não percebida.
A forma como cada paciente responde aos estímulos apresentados é diferente, única e individual.

Assim a hipnose é, e terá sempre que ser, trabalhada de forma única e individual, dependendo de cada paciente. Cada problema, doença ou dificuldade aparecerá por motivos diferentes em cada paciente, e por isso a necessidade de um tratamento individual, sem regras e sem padronizar o ser humano, descartando a ideia de enquadrá-lo em técnicas prontas, dando a impressão que todos tem os mesmos problemas pelos mesmos motivos.